Relógio da Terra

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Doenças antigas, globalização e Milton Santos

Nessa época em que velhas doenças passam a assolar novamente a população, tais como a gripe suína e a febre amarela (que expandiu sua área endêmica), é importante dar atenção ao pensamento de Milton Santos, que apontou como poucos o lado perverso da globalização.
Na introdução de um de seus textos (Por uma outra globalização, 2000), Milton Santos relaciona essa globalização, que produz uma pobreza generalizada, com a expansão de enfermidades antes erradicadas. Nas palavras de Milton Santos:

De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades como a SIDA se instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. A mortalidade infantil permanece, a despeito dos progressos médicos e da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível. Alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como os egoísmos, os cinismos, a corrupção (p.19-20).

Boa parte, das discussões promovidas em seu livro Por uma Outra Globalização, aparece no filme "Encontro com Milton Santos: ou o Mundo Global Visto pelo Lado de Cá", dirigido por Silvio Tendler. Aqui apresentamos um trailer do filme.

2 comentários:

Juliano disse...

Tchê, é o Juliano da Geografia da ufrgs, fui teu colega, tem como tu mandares tua dissertação e tese também pra mim por e-mail? O endereço é magrozen@yahoo.com.br, valeu!!!

Juliano Timmers

Louise disse...

muito legal a organização do blog.
:D