Relógio da Terra

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A automação da economia ou quando a Grécia deixa de ser dos gregos

Antes de ler o texto, gostaria que você assistisse essa reportagem:

http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/t/edicoes/v/governo-grego-deve-desiste-de-referendo/1684682/

A apresentadora do jornal, ao chamar a matéria, diz que a economia ficou aliviada com a desistência do referendo encomendado pelo governo grego. Referendo que serviria para aprovar ou não, o pacote de medidas antipopulares (como aumento de impostos, demissão de trabalhadores, redução de salários, etc.) colocadas no pacto que a União Européia fez com o governo grego, para salvar as finanças locais. Pela quantidade de mobilizações contra as medidas impopulares que estão ocorrendo na Grécia, era bem provável que o referendo apontasse pela não aprovação das medidas impopulares. Não aprovando as medidas, a Grécia teria que dar calote em bancos de diferentes nacionalidades (italianos, britânicos, americanos, etc.). Ou seja, a economia, da forma como está estruturada, sofreria um grande revés.

http://geoolhar.blogspot.com/2011/10/crise-mundial-os-dominos-estao-prontos.html

Contudo para provar que a populaçao perdeu o total controle sobre o sistema econômico, o referendo grego não sairá. A economia nos moldes de hoje, se tornou praticamente autonoma perante a sociedade, na medida em que as pessoas perderam a capacidade de orientá-la para o seu próprio bem. O filósofo francês Edagr Morin fala em um quadrimotor do desenvolvimento formado por ciência/técnica/economia/lucro, que sem freios carrega a sociedade para o caos social.


A automação do sistema econômico significa a perda de autonomia social. Os gregos não possuem mais ingerência sobre o seu próprio território. E o Brasil não está imune a esse tipo de problema, pois o sistema financeiro está totalmente integrado. Resta esperar as cenas do próximo capítulo... ou se mobilizar.



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